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28 de out. de 2010

Crimes de Informática - Quarto Questionário

Polícia prende em Santa Catarina o maior hacker do Sul do Brasil

Rodines Miranda Peres tinha mandado de prisão expedido contra ele por estelionato

Sâmia Frantz | samia.frantz@horasc.com.brO maior hacker do Sul do Brasil está, de novo, atrás das grades. Rodines Miranda Peres, 36 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira por agentes da Divisão de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), enquanto caminhava pelas ruas da Ponte do Imaruim, onde tem uma casa, em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Precursor dos crimes pela internet no país, Rodines tinha um mandado de prisão expedido contra ele desde julho. Trata-se de uma sentença condenatória pelo crime de estelionato, em 2004. Ele não resistiu à prisão e deve ser encaminhado a um presídio de Santa Catarina.

A localização do criminoso ocorreu por acaso, quando um policial de outra corporação levou o carro para consertar em uma oficina de Palhoça. Lá, foi informado pelo mecânico que não poderia fazer o pagamento com cheques, porque o estabelecimento já havia sido vítima de diversos golpes de Rodines.

O agente reconheceu o nome e, ao pesquisar, descobriu o mandado de prisão aberto. Foi aí que tiveram início as investigações para encontrá-lo.

— Não sabíamos que estava tão perto. Quando descobrimos isso, reforçamos as buscas e o pegamos antes de ele fugir novamente — conta a delegada Aline Hermes Zandonai, da Divisão de Defraudações da Deic.

Rodines tem uma extensa ficha criminal, com nove indiciamentos em Santa Catarina, e já foi preso diversas vezes pela Deic e pelas polícias do Paraná e Rio Grande do Sul e pela Polícia Federal. Desde 1999, ele aplica golpes em correntistas de bancos de todo o Brasil. O primeiro deles foi em Blumenau, quando conseguiu desviar R$ 1 milhão pela internet.
Fonte: Jornal A Notícia: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3082129.xmlComentário: A extensa ficha criminal do acusado, com diversos indiciamentos, mas poucas condenações, revela a dificuldade de se chegar a uma condenação nos casos que envolvem crimes de informática. Isto se deve, principalmente, à dificuldade de constituir provas suficientes da materialidade e autoria do delito, indispensáveis para que se configure situação que enseje a condenação. No caso em análise pode-se ainda observar que a tipificação da conduta que motivou a condenação cujo mandado de prisão estava em aberto foi o crime de estelionato - tipo penal que vem sendo aplicado aos autores de crimes de informática, uma vez que ainda não há legislação própria que trate o tema e tipifique mais especificamente cada uma das condutas delituosas possíveis no âmbito da informática.

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