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9 de set. de 2009

Em casa, na rua ou na fazenda

Por Márcio Derbli e Daniele Santos
São três horas da tarde de uma terça-feira. Em um shopping de uma grande cidade, um cidadão toma café, tranquilamente, enquanto acessa a rede wi-fi do estabelecimento pelo seu notebook. Confere seus emails, faz algumas ligações pelo celular e agora pede um cappuccino. Uma hora depois, chegam uma mulher e duas crianças, todos com várias sacolas na mão. Parece um típico dia de férias, um passeio familiar. Mas o protagonista dessa história, na verdade, estava trabalhando enquanto acompanhava a família nas compras.
As tecnologias de informação e comunicação (TICs), como a internet e os celulares, vêm transformando as relações sociais. O local de trabalho também está sendo afetado e surge uma nova modalidade no mercado, o teletrabalho, e consequentemente, o teletrabalhador. Conceitualmente, o teletrabalho é definido pelas situações de trabalho que utilizam equipamentos e recursos tecnológicos de informação e comunicação e é realizado à distância, seja na casa do trabalhador ou em qualquer outro local que disponha desses recursos. Assim, o profissional não deixa de exercer a sua atividade específica, apenas passa a executar seu trabalho fora do ambiente corporativo.
Surgido como proposta nos anos 1970, como uma tentativa de responder à crise do petróleo, ao aumento dos problemas de trânsito nas grandes cidades e, ainda, ao afluxo de mulheres ao mercado de trabalho, o teletrabalho ganha força a partir dos anos 1990, principalmente em função da sofisticação dos recursos tecnológicos disponíveis e do barateamento da tecnologia. As pesquisas em TICs estão sendo cada vez mais estimuladas, em todos os campos de aplicação, inclusive no Brasil. Um exemplo desse estímulo é o edital lançado recentemente pelo Instituto Virtual de Pesquisas Fapesp-Microsoft Research. [...]
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COMENTÁRIO:
Com o aprimoramento tecnológico o mercado de trabalho está em constante transição. A globalização tem revolucionado os meios de trabalho, mostrando que não basta apenas só a “prática” e nem só o “diploma”, ambos precisam andar juntos, o profissional do futuro precisa ser qualificado, experiente, dinâmico, ter coletividade, entre outras qualidades exigidas pelo novo conceito no mercado de trabalho.
O trabalho que antes era desenvolvido manualmente, somente no local estabelecido hoje pode tranquilamente ser efetivado por máquinas, sendo apenas supervisionadas por pessoas, ainda é possível trabalhar em movimento, em qualquer lugar que a pessoa esteja, basta uma conexão com a internet, telefone para que a atividade se concretize.
Termos como emprego, empregado vêm sendo substituídos por outros como teletrabalho e teletrabalhador. Isso se deve a crescente procura e preferência por tais ramos de atividades, oferecem uma grande flexibilidade nos horários, produção continuada, além de uma diminuição de custos por parte dos empregadores.
As empresas tendem cada vez mais a se tornarem depósitos de contratos e não um local para seus funcionários. Caminhamos para empresas dispersas, onde as pessoas trabalham em diferentes locais, diferentes horários e nem sempre para uma empresa apenas.

Postado por: Ângela Aline Brum

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