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25 de nov. de 2010

Pesquisas apontam preocupação dos consumidores com riscos do uso do software não genuíno

Um em cada dois consumidores se preocupa com a perda de informações e ataque de vírus devido ao uso do software não genuíno. É o que aponta o estudo global realizado, a pedido da Microsoft, pelo instituto de pesquisas TNS, com 38.000 homens e mulheres de 20 países, incluindo o Brasil. Uma segunda pesquisa, também encomendada pela Microsoft, e desenvolvida pela Prince & Cooke, com 3.650 pequenas e médias empresas da América Latina, , mostra que 68,6% das PMEs entrevistadas já sofreram ataques de vírus, falhas e problemas em seus sistemas causados por softwares piratas.

O resultado provou que globalmente os consumidores sabem os riscos reais de utilizar o produto ilegal e que eles concordam que o software não original não é tão seguro quanto o genuíno. De acordo com a pesquisa, 70% dos consumidores mundialmente acreditam que o software genuíno é mais seguro, mais estável e mais fácil de fazer atualizações.

Enquanto os consumidores fazem sua parte, reportando software pirata, eles também esperam que os governos e as indústrias procurem amenizar o problema. A pesquisa aponta que 75% dos entrevistados concordam que os consumidores precisam encontrar caminhos para se proteger da venda ilegal de software.










O motivo principal da pirataria, pelo menos em princípio, seria econômico. Exemplo: Você paga R$10,00 pelo DVD pirateado do filme e entre R$14,00 e R$20,00 para assistir no cinema, apenas uma vez. E quando sair o DVD original com encartes, cenas cortadas e comentários do diretor, ele estará custando a "bagatela" de R$ 39,90. Isso quando não é feito o download de algum site e não se gasta nada. Inútil dizer aqui que a qualidade do filme original é melhor, e que os encartes são uma gracinha, porque essa é uma questão que mexe com o bolso do cidadão médio. Não há comparação entre comprar um filme por R$40,00 e assistir uma, duas vezes no máximo, e comprar um por R$10,00 e levar a família para comer fora, ou simplesmente economizar para outras coisas.
Quando se fala em software original a questão muda um pouco de figura, pois estes softwares podem causar danos ao computador, mas a realidade é clara. Para cada medida de segurança adicional tomada, melhores formas de piratear, ou ao menos "crackear" os softwares existirão. Não adianta apenas uma reeducação aos usuários, mantendo os preços dos produtos tão altos. Por que pagar R$ 150,00 por um antivirus, que vence a licença em um ano, se você pode procurar na internet e encontrar um mar de licenças ou mesmo softwares grátis?
A pirataria é um problema enraizado que deve ser combatido, pelo modo como prejudica a economia como um todo, mas uma série de fatores tem que ser considerados antes de apenas colocar a culpa no usuário final que comprou, ou baixou um software não genuíno.

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